domingo, 30 de setembro de 2007

É ouro!

A atleta Raimunda Nonata Ribeiro Silva, 28 anos,garantiu duas medalhas de ouro para o Brasil no VI Campeonato Mundial de Atletismo para deficientes mentais,em Fortaleza entre os dias 16 e 23 de setembro.

Raimunda conquistou o ouro nas provas de 3 mil e 5 mil metros,na categoria feminina.

O Brasil foi sede, pela primeira vez, desse campeonato organizado pela Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais(ABDEM)e reuniu cerca de 260 atletas de 21 países.

Os atletas foram pré-selecionados através de disputas regionais e estaduais, para posteriormente representarem o Brasil no campeonato mundial.

O treinamento dos atletas é promovido através de parcerias de instituições como a APAE, responsável pela inclusão e defesa dos direitos do deficiente na sociedade, e de clubes esportivos especiais.

Embora o Brasil apresente ainda uma inferioridade em relação a países desenvolvidos a respeito de infra-estrutura,os resultados obtidos na competição foram expressivos,mostrando o espírito de raça e determinação dos atletas brasileiros.

Com a lei de Incentivo Fiscal ao esporte, o governa espera ajudar os mais de 25 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência na inclusão social no país.

Fonte: APAE

Uma turma muito especial

A Turma da Mônica é a história em quadrinhos mais popular do Brasil. No ano de 2004, o criador da turminha, Maurício de Souza, superou as expectativas ao lançar oficialmente dois personagens: A deficiente visual Dorinha e o cadeirante Luca. Estes personagens apresentam o tema deficiência e inclusão para a Turma de Mauricio de Souza.

Dorinha, é uma menina muito vaidosa, com corte de cabelo moderno, óculos escuros, bengala e um cachorro chamado Radar, apresentará aos amigos uma nova maneira de ver a vida: "Mostrar às crianças como ouvir o som do mundo, sentir seus perfumes e sugerir a inclusão, onde todos se tratam de igual para igual". O nome da personagem foi uma homenagem a Dorina Nowill, que perdeu a visão na juventude e enfrentou o problema tornando-se um exemplo de força com sua Fundação Dorina Nowill, que auxilia cegos de todo Brasil.

Luca, apelidado carinhosamente de Paralaminha, pelo fato do garoto ser fã de Herbert Viana, vocalista da banda Paralamas do Sucesso, surpreende seus novos amigos porque adora praticar esportes. Ele gosta de jogar basquete e mostra para as outras crianças que dá para ser feliz e ativo mesmo tendo uma deficiência física. Ensina que o mais importante é ser aceito e poder conviver numa boa com as outras pessoas.

Os personagens foram criados como parte do projeto "Mundo Azul", com foco em questões sociais. Os quadrinhos de Mauricio de Sousa mostrarão que crianças com deficiências podem brincar e se divertir com desenvoltura e alegria em meio aos demais personagens, demonstrando que a inclusão é viável!

Mais informações: Stories


sábado, 29 de setembro de 2007

Agência de empregos especializada em deficientes

O termo “responsabilidade social” tornou-se um dos mais comuns hoje. Tanto a mídia, como grandes marcas apóia e desenvolvem projetos sociais a fim de cumprirem com o seu papel ético em meio a sociedade. Foi assim que o portal AJA lançou o serviço de utilidade pública AJA Trabalho Especial.

Empresas e instituições em busca de funcionários portadores de necessidades especiais podem anunciar gratuitamente neste site. Já pessoas deficientes têm a possibilidade de consultar anúncios de ofertas de trabalho, serviços autônomos, estágios e até mesmo cursos profissionalizantes.

O diferencial do sitio é o fato que em vez de valer-se de um sistema de classificados, basta que se clique no estado preferencial para publicar ou ver os anúncios. No caso dos anunciantes, todas as informações contidas no edital são avaliadas e verificadas, e somente depois da confirmação dos dados, o conteúdo é liberado no portal.

Vale lembrar que o AJA não é uma agência de empregos, e que os contatos são feitos diretamente entre empregados e empregadores.

O link para os anúncios é: http://www.aja.org.br/cgi-bin/classifieds/classifieds.cgi

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Governo lança plano social de inclusão da pessoa com deficiência


O governo Lula, nesta quarta feira (26/09) anunciou o seu mais novo plano social, a inclusão da pessoa com deficiência. Até o ano de 2010, serão investidos 2,4 bilhões de reais principalmente nas áreas de educação, saúde e transporte.

Na cerimônia de lançamento, o presidente, afirmou que o retorno que os portadores de deficiência darão, a partir do momento em que exercerem condignamente a cidadania, será infinitamente maior do que o País está investindo hoje. Apesar de concordar plenamente com Lula, não consigo compreender porque foram necessários tantos anos para que alguma atitude fosse tomada .

Para ilustrar o quanto essa questão foi ignorada pelo governo anteriormente, podemos citar o fato de que Lula tem dúvidas quanto o cumprimento da lei que estabelece que no mínimo 5% das vagas destinadas aos funcionários públicos devem ser preenchidas por deficientes. Se nem mesmo o governo cumpre com a lei, podemos imaginar então o que faz o restante da sociedade.

Mais do que somente cumprir com a lei, é muito importante que o governo também dê o exemplo. Consciente disso, o presidente pediu ao secretario nacional dos Direitos Humanos que faça um levantamento do número de portadores de deficiência que trabalham no Palácio do Planalto. “Porque na hora em que a gente cumprir a nossa obrigação, teremos mais autoridade moral", afirmou Lula.

Apesar de tardia, a ação do Governo Federal deve ser reconhecida. Afinal há muitos anos que nada se faz efetivamente em prol dos deficientes.Os investimentos realizados além de darem um maior suporte para o desenvolvimento da pessoa com deficiência, darão também um grande passo em direção a inclusão social.


Matéria completa:


quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Dor e superação comovem público de todas as idades

Vermelho Como o Céu, filme de Cristiano Bortone, mostra de uma forma não convencional a superação de um menino, Mirco Menacci, que aos 10 anos fica cego após um acidente com um rifle em pequeno vilarejo na Toscana de 1970. Com simplicidade e sinceridade, o enredo não apela sentimentalmente e consegue comover os espectadores com uma trama nada leve, mas admirável.

Inspirado em uma história verídica, o elenco conta com atuações excepcionais do público infantil, composto em sua maioria de atores cegos que dão uma lição de como o desenvolvimento da imaginação pode funcionar como remédio para uma possível limitação.

Em uma época na qual os portadores de deficiência eram considerados inválidos, o menino é obrigado a freqüentar uma escola especialmente destinada às crianças com problemas visuais, onde em meio às tralhas descobre um antigo gravador. Apaixonado por cinema, Mirco vê no aparelho um recurso para registrar sua nova visão de mundo por meio do som. Árvores agitadas ao vento, chuva e gotas d’água ficam cada vez mais expressivas e passam a traduzir e ilustrar o universo daqueles que não podem ver.

Com uma visão extremamente humanista e em momento algum piegas, o filme ratifica a capacidade humana de se adaptar mesmo às péssimas condições de vida e mostra que dificuldades e barreiras surgiram exatamente para serem superadas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Escola é um direito de todos, certo?

A educação para pessoas portadoras de algum tipo de deficiência sempre caminhou em um ritmo muito lento. Foi na Europa, por volta de 1500, que se têm as primeiras notícias dessa educação, através de professores particulares. Antes dessa data, as chamadas pessoas ‘especiais’ eram colocadas em asilos durante toda a sua vida.
Essa educação privada acontecia apenas para crianças surdas. Só por volta de 1700 deficientes visuais foram incluídos nestes projetos. No final deste século, na França, é que as primeiras instituições de ensino especial começaram a funcionar. Nelas eram realizados trabalhos manuais e os surdos aprendiam a comunicação por gestos. Esses trabalhos realizados eram os que sustentavam a escola. O sistema Braile de leitura para cegos só foi oficializado em 1854.

A educação para pessoas com deficiências físicas começou em 1832, num instituto na Alemanha. E foi em 1848, nos EUA, que começou o ensino para deficientes mentais.

No Brasil, a lentidão do avanço foi o mesmo. Só que aqui, infelizmente, a participação do governo é menor do que no resto do mundo. As instituições na grande maioria são mantidas por ONGs e empresas privadas, e em número não suficiente. Há muitas pessoas ainda esperando uma vaga nessas escolas especiais para desenvolverem suas habilidades, por mais que de acordo com a nossa constituição, a educação deveria ser garantida a todos.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Inclusão Social

Os empresários têm cada vez mais consciência de sua responsabilidade social, por isso, aumentaram a busca por pessoas portadoras de deficiência qualificadas para ocupar os empregos oferecidos.

A Assistência à Criança Deficiente (AACD), que desenvolve um trabalho sem fins lucrativos, elaborou o Programa Trabalho Eficiente (PTE) para ajudar na procura e contratação de profissionais capacitados para determinados cargos. O Programa proposto pela instituição, que tem como objetivo ajudar na inclusão social de deficientes físicos, foi criado em 1997 e possui um banco de dados com 2.000 currículos.

A AACD se preocupa ainda em desenvolver as habilidades de seus pacientes para que se tornem mais qualificados. Essa evolução profissional é realizada por meio de parcerias estabelecidas com escolas de idiomas e informática.Um dos aspectos mais importantes desse projeto é o acompanhamento que o portador de deficiência recebe mesmo depois de conseguir o emprego. Durante três meses, o funcionário será analisado pela equipe do PTE. A satisfação do empregador com o funcionário é tão importante quanto sua adaptação ao ambiente de trabalho.
Matéria completa: Trabalho Eficiente
Fonte: AACD

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

DEFICIPRODUT: deficiência não é razão para a desistência

Um sonho que nasceu com a cooperação de poucos e que hoje é capaz de mudar a razão de viver dos deficientes é pouco apoiada. A concretização dessa fantasia de Aristides Santos de tornar pessoas deficientes em protagonistas de empresas teve início em agosto de 1995 numa fábrica. Com uma equipe de três deficientes motores, um martelo, uma lata de cola, uma mesa e retalhos de pele proporcionaram o princípio da empresa Deficiprodut.

O primeiro produto realizado foi um chaveiro que representava um deficiente numa cadeira de rodas, símbolo que se tornou mais tarde o logótipo da empresa. Outras empresas ao decorrer dos anos foram juntando-se ao projeto, atualmente são uma equipe de 35 trabalhadores incluindo deficientes auditivos, visuais, motores e mentais. Protocolos com escolas proporcionaram estágios sócio-profissionais, buscando a integração de jovens que não teriam acesso ao mercado de trabalho.


Mais informações: Deficiprodut

domingo, 23 de setembro de 2007

Pequeno negócio? Nem tanto...


Apresento à vocês este fantástico mundo em miniaturas criado pelas irmãs Marta Adriana Poci Cabral, 40, e Mila Poci Cabral, 37, ambas portadoras de nanismo.

Ostentando o título de “Única Loja Exclusiva em Miniaturas” concedido pelo RankBrasil, Livro dos Recordes Brasileiro,as irmãs de 1,30 e 1,20 metros,administram com grande sucesso a loja Casinha Pequenina, no shopping Eldorado, há mais de 13 anos.

Casinha Pequenina é uma loja especializada no comércio de variados objetos em miniaturas, tais como: cadeiras, mesas, poltronas, vasos,armários e etc.

Desde pequenas, as irmãs já demonstravam interesse em versões pequenas de produtos, sendo exemplificado no hábito de comprar mini-lembranças pelos diversos lugares que viajavam.

Movida por essa paixão, Adriana resolveu aperfeiçoar suas habilidades,formando-se em Artes Plásticas, já sua irmã Mila, decidiu tentar a sorte no mundo do teatro, se formando na Escola de Teatro Macunaíma. ”O problema é que viver de arte no Brasil é complicado.Acreditávamos que era importante desenvolver um modelo de negócio que conseguíssemos conciliar trabalho e satisfação” diz Adriana.

As irmãs sofreram obstáculos difíceis, como as negociações com a administração do shopping Eldorado, que afirmava estar com o centro de compras saturado de lojas de confecção e buscavam algo inovador e original. ”Em função disso,nos foi sugerido que pensássemos em algo diferente,que trouxesse como maior atrativo à originalidade para o local” explica Mila.

Após um ano de pesquisas sobre o mercado de fornecedores juntamente com estudos realizados sobre esse tipo de comércio no exterior,as irmãs apresentaram o projeto ao shopping, e foram escolhidas, entre 40 outros empreendimentos,que disputavam um pequeno espaço em quiosque instalado no shopping.”Ganhamos porque fomos mais originais” explica a dupla.

De 1992 pra cá,a loja de Adriana e Mila vêm conquistando cada vez mais espaço,refletido no aumento de pessoas interessadas na compra dessa nova arte peculiar.

Hoje em dia,a Casinha Pequenina vende cerca de 30 a 40 miniaturas diariamente. Para as irmãs, a fórmula do sucesso está na combinação do fato de serem pequenas mulheres que vendem miniaturas.” Talvez, um formato exclusivo para empreendedores anões possa ser um "bom negócio" imagina a dupla de “gigantes”.

A energia positiva da Tribo de Jah

"Ver sua missão comprida, vida simples vivida em paz, é preciso aceitar o destino se possível tentar melhorar.” A frase cantada na música Guerrilhas Mentais da banda Tribo de Jah representa a força de vontade da maioria de seus integrantes em vencer os obstáculos causados pela cegueira.

O grupo formado na Escola de Cegos do Maranhão, que possui o baterista, o baixista, o tecladista e o guitarrista totalmente cegos, o percussionista com a visão parcialmente comprometida e só o vocalista sem deficiência visual, não deve ser facilmente esquecido no mundo onde a discriminação ainda é muito presente.

O estilo musical proporcionado por eles esta banda é o reggae, que apresenta em suas letras críticas sociais, como por exemplo, cantar à desigualdade, o preconceito e muitos outros problemas alertando, mobilizando e incentivando o seu público contra estas dificuldades.

A sociedade ainda não visa à música como trabalho, mas sim como um lazer, uma forma de ganhar dinheiro sem muito esforço. Porém muitos esquecem que se precisa de dom e força de vontade para poder entrar neste mundo musical, e os integrantes desta banda de reggae mostram que mesmo sem enxergar subiram na vida através de suas habilidades musicais.

O sucesso da Tribo de Jah se deve exclusivamente à competência musical. Criado na “Jamaica Brasileira” é um exemplo de superação, pois mesmo com as dificuldades geradas pela deficiência visual conseguiu espaço e reconhecimento nacional e internacional.

sábado, 22 de setembro de 2007

Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência

Foi comemorado ontem, dia 21/09, o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. A data não foi escolhida por acaso. Seu significado está relacionado com o Dia da Árvore, e também com a entrada da Primavera. Simboliza a esperança na renovação do olhar da sociedade para com as pessoas portadoras de deficiência.

Como comemoração, vários eventos ocorreram em diversos lugares do país. Todos eles com o mesmo objetivo de melhorar às condições de vida dos deficientes. Apesar do grande reconhecimento já alcançado, pouco foi feito para promover o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. São muitos, ainda, que nem se quer sabem da existência da data.

Um dia como este, que remete a tudo o que já foi conquistado pelos deficientes, não deveria ficar "confinado" apenas aqueles que possuem um maior contato com os temas relacionados aos portadores de deficiência. A maior divulgação desta data aproximaria o restante da sociedade à eles.

A aproximação entre deficientes e não deficientes resultaria em uma maior inclusão deles no mercado de trabalho e principalmente na sociedade.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Leitura a partir de sons

No Brasil existem, hoje, cerca de 160 mil portadores de deficiência visual e mais 2 milhões com pouca visão. Sendo assim é quase impossível se falar de inclusão no mercado de trabalho sem citar necessidades especiais. Uma delas são os softwares desenvolvidos para portadores de deficiência visual.

O mais conhecido deles é a “Letra”. Ele foi produzido através de uma parceria entre o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) ligado à Universidade de Campinas. Esse software transforma textos que estão em formato eletrônico em arquivos de áudio. Ou seja, é executada uma leitura de cada fonema. Assim que são desenvolvidos os livros de áudio.

Já a Universidade Federal do Rio de Janeiro, está desenvolvendo o Sinal (Sistema Interativo de Navegação no Linux), criado a partir do Dosvox. O Sinal consiste em conjunto de programas de acessibilidade digital via sintetizador de voz. O que permitirá o acesso à Internet, leitura de telas e edições de textos.

Com o auxílio de programas como esses, não são somente as chances de ingressar no mercado de trabalho que aumentam, mas também a confiança e a auto estima do deficiente. De acordo com o estudante cego de jornalismo Marcos Henrique Lima: “É uma janela que se abre e deixa nossa vida mais perto da normalidade”

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Do escuro à luz

SONETO 34 INSONE

Ser cego é como estar numa prisão.
Ficar cego é pior, parece o sustode quem foi livre e sofre o golpe injusto,
levado para o hospício estando são.

O sonho é colorido, pois estão
bem vivas na memória, a muito custo,
imagens dum recente e já vetusto
passado de prazer e perversão.

Nenhum ouvido escuta meu apelo.
Acordo e lembro em pânico que o sonho
foi falso: a realidade é o pesadelo.

Só volto a adormecer quando componho
sonetos sobre o pé. Gozo ao lambê-lo,
e agora o escuro não é tão medonho.


Pedro José Ferreira da Silva, nascido em 1951 na capital paulista, descreve em seus doze anos de trabalho, dentre outras experiências, a de aos poucos ver o mundo ficar escuro.

Poeta, ficcionista, ensaísta, letreiro e atualmente colunista, Glauco Mattoso, assim denominado por ser portador de glaucoma, doença congênita que lhe acarretou perda progressiva da visão, até a cegueira total em 1995, além de fazer alusão a Gregório de Mattos, em quem se inspira, já trabalhou em panfletários - Jornal do Brabil e O Pasquim – em jornais diários – Jornal da Tarde- e até mesmo em quadrinhos.

Com uma produção de textos ‘dividida’ em duas fases, a visual e a cega, o poeta aborda os mais variados e polêmicos temas. Enquanto a primeira se destaca por privilegiar a parte visual, gráfica, passando pelo modernismo até o underground, a segunda, quando o autor já estava privado da visão, se firma nas métricas e ritmos com uma linguagem extremamente coloquial.

Glauco Mattoso, atualmente contribuinte da revista Caros Amigos não viu no breu um impedimento para continuar a viver, afinal, como disse Chico Buarque de Holanda, ‘os poetas, como cegos, podem ver na escuridão’.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Recursos humanos, direitos humanos

Vivemos em um mundo que valoriza a “imagem”. Tudo é imagem. A deficiência visual é a que apresenta a menor inclusão social. Algumas empresas consideram a contratação de cegos a mais complicada de todas. Essa falsa idéia de capacitação limitada dos portadores dessa deficiência pode ser mudada.

É no processo seletivo das empresas, que pretendem contratar os deficientes visuais, que surgem os maiores erros responsáveis pelo preconceito ainda existente com relação aos cegos. A estrutura desse processo não é adequada às necessidades de todos os profissionais que podem se interessar pela vaga a ser ocupada. No caso dos deficientes visuais acontece exatamente isso.

As empresas devem se conscientizar que a escolha de seus empregados não deve ser feita apenas com recursos que possam atender às pessoas que não possuem características especiais, como as dinâmicas de grupo e os testes realizados nesse tipo de processo. O setor de Recursos Humanos deve se adaptar para que a contratação dessa parcela excluída do mercado de trabalho seja possível. Dessa forma, os portadores de deficiência visual terão mais oportunidades e seus direitos serão finalmente preservados.
Fonte: RH CENTRAL

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Libras)

"O Brasil tem leis fantásticas na área de saúde, educação e agora essa que obriga a colocação de intérpretes em órgãos públicos. Porém, é importante que a lei seja seguida. Não adianta estar no papel, a gente precisa ver na prática", afirmou Márcia Silveira, mãe de uma adolescente surda de 16 anos. Em função da política educacional brasileira de inclusão de pessoas surdas, a presença de um intérprete de libras nas empresas tem aumentado nos últimos anos.

A maioria da população brasileira não sabe a linguagem dos sinais. A falta de interesse da população e do governo em buscar uma inclusão de verdade para os deficientes faz com que se busquem formas mais fáceis e cômodas como o uso de um intérprete de sinais. Atualmente, todas as empresas públicas federais, estaduais e municipais são obrigadas a capacitar, pelo menos, 5% dos empregados para o uso e interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A necessidade de um intérprete é tanta, pois imagina se um surdo em pleno caos aéreo desejasse uma informação. As delegacias, policiais, todas as empresas deveriam ter um intérprete, porém não é bem o que acontece. Porque não criar aulas de Libras para todas as escolas? Uma inclusão pela metade e falha não é o que eles precisam. Quem sabe dessa maneira os surdos possam ter seus direitos de cidadania respeitados.

Dicionário das Libras:
Cefetbg

domingo, 16 de setembro de 2007

Mais uma vitória

Agora é lei.Bares e restaurantes deverão, obrigatoriamente, disponibilizar sanitários para deficientes que utilizam cadeiras de rodas como meio de locomoção.

Segundo o projeto de lei 640/03 do deputado Celso Russomanno(PP-SP),aprovado no dia 05/05/2004 pela Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior,bares e restaurantes deverão dispor de pelo menos um banheiro para deficientes.

No entanto, em hotéis, a lei prevê que será obrigado oferecer 10% de apartamentos e instalações sanitárias adaptadas.

Segundo o projeto, caso o estabelecimento não apresente sanitários para deficientes, as penas previstas serão de advertências, multas, suspensão e cancelamento do alvará de funcionamento.
O deputado diz ter tomado essa decisão após ouvir depoimento de um advogado portador de deficiência que, ao precisar vir a Brasília, feriu-se gravemente ao tentar alcançar o banheiro de um hotel que não dispunha de instalações sanitárias adequadas para o deficiente.

É importante destacar que a integração social dos deficientes não se limitam apenas no mercado de trabalho, e sim em sua vida em geral, como no lazer e cultura.Aos poucos, novas leis começam a entrar em vigor, visando sempre uma melhor adaptação de pessoas que sofrem de algum tipo de deficiência no Brasil.

"Clarinhas" na vida real

Um atraso no desenvolvimento das funções motoras do corpo e das funções mentais, por causa de uma alteração genética, é conhecido como síndrome de Down. Atualmente, este tema esteve presente na novela global “Páginas da Vida” e chamou a atenção dos telespectadores.

A atriz Joana Morcazel, de 7 anos, que viveu a personagem Clarinha na novela é filha do cineasta Evaldo Morcazel que abordou no filme “Do luto à luta” à síndrome. O longa-metragem focaliza às deficiências e potencialidades dos “downianos” sobre uma visão diferenciada, apresentando o mundo sobre a sua própria ótica.

Esta não é a primeira vez que o tema é apresentado em filmes. O longa “Uma Lição de Amor (I Am Sam)”, lançado em 2001, apresentou a trajetória de um portador da síndrome de Down e às dificuldades de mostrar para a sociedade que era capaz de cuidar de sua filha.

A inserção de pessoas portadoras de Síndrome de Down na sociedade ainda é bastante discutida. O Brasil ainda tem muito a fazer para que os 300 mil portadores desta deficiência conquistem seus direitos reais de cidadania. Mas para isso acontecer é preciso derrubar os preconceitos e não limitar os campos de atividades nos quais os “downianos” podem atuar profissionalmente.
Fonte: Ceesd

sábado, 15 de setembro de 2007

Modelos de vida

Apesar de não ser o único, o ensaio sensual da modelo e também atriz Lilian Taublib surpreende a quase todos que o vêem. Como toda modelo, Taulib possuiu uma grande beleza e muita intimidade com a câmera fotográfica.

Pórem, o que a torna diferente das outras, é a sua deficiência. Aos 16 anos, Taulib amputou a perna direita.
Mesmo abalada, a atriz seguiu em frente, sua maior vontade naquele instante era a de viver em dobro. Assim como Taulib, a publicitária Mara Gabrilli não se deixou levar pelas dificuldades e pelo preconceito. Com 1,70 de altura, seios fartos e bumbum sem celulite, a publicitária tetraplégica posou nua para um dos mais importantes fotógrafos do país.

Ambos os ensaios, publicados pela revista Trip, ousaram ao trazer duas modelos que, apesar de belas, não estão inseridas no padrão de mulheres que posam para as revistas de nu artístico. O trabalho feito pelas duas mostra o quanto já foi conquistado pelos deficientes. Cada vez mais o espaço deles na sociedade se firma, e o conceito da limitação, que ainda persiste em existir, começa a desaparecer da mentalidade da população.
Imagem: Revista Trip
Fonte: Terra

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Museu do Diálogo

Algo inédito e inovador. Pode ser a descrição perfeita para a amostra Diálogo no Escuro. Formada por cinco ambientes do cotidiano (um café, uma floresta, uma cidade, um supermercado e um barco), a exposição surpreende pela maneira que é apresentada. Em um total escuro, os visitantes serão divididos um grupos de oito pessoas e convidados e explorar ambientes guiados por cegos.

O objetivo da mostra é estabelecer um diálogo entre pessoas com visão normal e deficientes. A idéia de um recinto totalmente desprovido de luz faz com que o visitante tenha uma noção de superação de limites e como é a vida de quem não vê.

O projeto original da exposição é do jornalista alemão Andreas Heinecke, que após a convivência com um jovem jornalista cego, teve a idéia de criar um ambiente em que se possa aprender a conviver com as diferenças e esquecer-se do preconceito.

A apresentação é possui alguns museus fixos, porém mostras temporárias são feitas em todo mundo. No Brasil, as instalações são as primeiras definitivas na América Latina, e empregam cerca de 50 pessoas, que dentre elas 24 têm algum tipo de deficiência.

O Museu do Diálogo fica no piso térreo do Shopping Galeria, na Rodovia D. Pedro I, km 1315, Campinas (SP).


quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Uma lição de vida

Marcelo Rubens Paiva, escritor e jornalista nascido em São Paulo, após sofrer um acidente ao mergulhar em um lago, se tornando tetraplégico conta a experiência de acordar em uma cadeira de rodas em seu livro, Feliz Ano Velho, publicado pela primeira vez em 1987 pela Editora Objetiva.

Traduzindo a angústia em palavras, Feliz Ano Velho, mostra a inquietação de um jovem que aos vinte anos não se conforma em ‘perder’ a vida em decorrência de uma limitação fisica. Com uma linguagem livre e inovadora, o autor relata desde as dificuldades de se tornar tetraplégico, até o fim de sua revolta e a superação do problema.

Um dos maiores exemplos de superação, Marcelo prova que as dificuldades impostas pela sociedade aos deficientes físicos não são barreiras para continuar levando uma vida normal. ‘Isso é bobagem. Sou paraplégico há 23 anos, já viajei o mundo e conheci muito deficiente realizado’ diz ele a Revista TRIP em entrevista.

Em 1989, dez anos após o acidente, não deixou a peteca cair, estudou dramaturgia no CPT do Sesc, destacou-se como crítico literário em veículos de comunicação importantes, como a Revista Veja, apresentou programas na TV Cultura e atualmente é colunista semanal do jornal Folha de S. Paulo.

Um dos maiores best-sellers dos anos 80, o livro autobiográfico não se limita a falta de sorte de ter quebrado sua coluna vertebral, ao contrário, mostra de forma despojada e carismática, toda a inquietação de um jovem que viveu plenamente, como se cada minuto de sua vida como se fosse o último, tornando-se assim um ícone de superação e um exemplo de perseverança .


quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Acidentes do cotidiano

As prevenções de acidentes e da violência urbana poderia diminuir significativamente o número de deficientes físicos em nossa sociedade. Em uma análise feita pela AACD em 2005, concluiu-se que muitas das causas que geram deficiências poderiam ser evitadas com políticas públicas, com a participação da sociedade e com entidades de classe e organizações não-governamentais.
Os acidentes de trânsito, por exemplo, são responsáveis por 34,2% dos casos de lesão medular que levam a deficiência. Só ficando atrás das armas de fogo que, neste caso, representam 40,5% das vítimas.

Ambas as situações poderiam ser evitadas, ou ao menos terem seus números diminuídos. Na primeira situação, um socorro mais rápido e profissional aos acidentados, e mais equipamentos de segurança obrigatórios nos veículos já ajudaria na diminuição dos casos.
Os atropelamentos, os afogamentos e as quedas de altura, essa última sofrida principalmente por crianças, são alguns dos acidentes que, quando não matam o indivíduo, trazem seqüelas traduzidas em deficiências físicas na grande maioria dos casos. Com um pouco de atenção por parte da sociedade essas causas podem ser diminuídas e assim se oferece mais prazer à vida das pessoas, sem limitações.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Famílias “deficientes”

O mercado de trabalho para os deficientes aumenta a cada dia. A criação da lei que garante a contratação de pessoas com deficiência ajudou para que isso fosse possível. Entretanto, algumas empresas passam por certas dificuldades para que essas vagas sejam ocupadas.

Ao oferecerem empregos para pessoas com necessidades especiais, as empresas precisam superar não só as limitações arquitetônicas, mas também a falta de qualificação dos possíveis contratados. O nível de escolaridade da maioria dos deficientes interessados é baixo para as funções que serão exercidas.

Esse problema que deve ser superado pelas empresas é fruto de um preconceito antigo, que teve origem na própria casa dos portadores da deficiência. Algumas famílias simplesmente não acreditavam na capacitação dos deficientes que, por esse motivo, acabavam sendo excluídos do convívio social e privados de um ensino qualificado.

Há quase 100 mil vagas no mercado de trabalho para deficientes no Estado de São Paulo. 100 mil sonhos interrompidos pela idéia preconceituosa que ainda torna indivíduos capazes, incapazes de ocupar tais vagas.
Fonte: Manager

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

“Deficiência e Competência”

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) com o objetivo de cumprir com sua responsabilidade social cria um Programa de Inclusão de Pessoas Portadoras de Deficiência nas suas Ações Educacionais. A busca de uma educação de qualidade e para todos fez com que o programa, Deficiência e Competência, saísse do papel.

O programa tem como fito ampliar o acesso e a inclusão de pessoas portadoras de deficiência no Senac e apoiar a inserção dos mesmos no mercado de trabalho, quebrando as barreiras sociais, culturais e étnicas geradoras de preconceitos.
Mais do que um ato de cidadania uma ação de conscientização tanto para os deficientes quanto para os que não são, afinal já dizia Hallahan e Kauffman, em 1994: “Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades”.

“Deficiência e Competência” por fim, proporciona o conhecimento da legislação dos portadores de deficiência. Além de trazer endereços, telefones, e-mails de instituições que prestam atendimento aos deficientes, tudo isso é para garantir o cumprimento dos direitos que muitas vezes são esquecidos.

Mais informações: Senac

domingo, 9 de setembro de 2007

Exemplo de brother

Conheça a história de Valdemir Pereira Correia, 37, que há mais de dez anos surfa em Santos, litoral sul de São Paulo.

Val, como é conhecido, desperta surpresa, pois não é um surfista comum. Cego e portador de um pequeno problema na perna esquerda desde os 24 anos é um exemplo de superação e mostra que também sabe "pegar ondas".

Dois anos após perder a visão, causado por uma síndrome rara e sucessão de erros médicos, Val começou a praticar esportes. "Conheci o trabalho da Escola de Esportes Radicais de Santos e decidi começar a aprender", explica.

Fundada há 14 anos, a escola foi uma das primeiras no Brasil à proporcionar o ensino gratuito do surf, longboard e bodyboard para portadores de alguma deficiência ou não.

Com o passar do tempo, val começou a fazer "ajustes" em sua prancha, desenvolvendo assim com a ajuda do coordenador da Escola Francisco Araña, uma prancha totalmente adaptada para deficientes visuais.

A prancha tem marcações em alto relevo com o objetivo de indicar para o surfista o centro e o limite das bordas, além de um marcador de posição corporal para facilitar o equilíbrio. Com 2,76 metros de comprimento, o longboard de uma quilha é a primeira a ser adaptada no mundo.

Revestida pelo mesmo material emborrachado usando em bodyboard, têm as extremidades macias e a quilha emborrachada, evitando contusões físicas e dois guizos nas pontas, para orientação sonora.


"As pessoas sempre me medem pelo quanto eu enxergo. O surfe começou a me dar respeito e dignidade" conta o "brother" Val.

É o nascer do sol, mais um dia

No teatro, o abrir das cortinas nos leva para uma nova realidade. Entram em cena os atores, e para a surpresa da platéia, estão em cadeiras de rodas. Este espetáculo existe. A Oficina dos Menestréis, fundada por Oswaldo Montenegro, tem como parte de seus projetos o de inclusão social de pessoas com deficiência física.

Deto Montenegro, irmão de Oswaldo e diretor da Oficina, em 2003, se propôs a adaptar exercícios e cenas, em um curso específico e experimental, a um grupo de 20 cadeirantes.O espetáculo Noturno Cadeirantes teve grande aceitação do público, o que o levou a dar continuidade, unindo ao grupo outros portadores de deficiência, entre eles os Deficientes Visuais (DV’s).

Este projeto não tem o caráter filantrópico ou assistencial, e sim, a finalidade de explorar o lado artístico, sensorial e intuitivo dos atores e levar em conta a característica especial, a cadeira de rodas. Este grupo prova que as pessoas especiais superam seus limites diariamente.

O estranhamento inicial da platéia causado pela cadeira de rodas passa a ser ignorado, cadeirantes são apenas atores. A magia do teatro atingiu sua meta, transportar as pessoas para um outro mundo, um mundo onde todos somos iguais.
Mais informações: Menestréis

sábado, 8 de setembro de 2007

Aceitar às Diferenças

Não é raro vivenciarmos determinadas situações que, por estarem alheias ao nosso cotidiano, nos cause um certo desconforto e inibição. A falta de experiência e conhecimento não nos permite tratar tais circunstâncias com a clareza e a simplicidade que elas requerem. E é neste quadro de incertezas que, infelizmente, estão incluídas as relações sociais dos portadores de deficiência para com o resto da população.

O não saber lidar com as necessidades, e acima de tudo, com as habilidades dos deficientes, dificulta, e muito, o seu relacionamento com o resto da sociedade.

Dúvidas de como ajudá-los, como compreendê-los, e até mesmo, de como nos comunicar, criam um grande abismo invisível que parece nos afastar de um convívio saudável.

O mais importante, e com certeza, o mais difícil de tudo, é aceitar as diferenças, não superestimar as dificuldades, e ,muito menos, tratá-los com um sentimento de pena. Afinal, possuir uma deficiência não faz de alguém pior ou melhor, apenas diferente. O essencial é agir com naturalidade e respeito.“Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades”(Hallahan e Kauffman, 1994)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Alguém muito especial

Síndrome de Down é uma disfunção genética que ocorre no cromossomo 21. Enquanto os outros 22 pares cromossômicos se desenvolvem corretamente, este se divide em três, daí o nome trissomia 21. Não têm cura e não é contagiosa, é apenas diferente.

A criança com Down é uma como qualquer outra. Corre, brinca e faz travessuras. Somente na hora do aprendizado é que ela necessita de cuidados maiores. Em razão do déficit de aprendizagem, é preciso um maior tempo para absorver conteúdos.

No entanto esse desenvolvimento normal pode ser prejudicado tanto pela falta de informação, quanto pelo preconceito. Portadores da Síndrome de Down carecem de profissionais especializados, que os estimulem a explorar seus limites e vencer suas dificuldades. Fundações e ONGs são o melhor caminho.

Não se deve enxergar alguém com Down como um indivíduo limitado, porém como um diamante. Uma pedra bruta que ao ser lapidada por mãos experientes se torna uma jóia de valor inestimável.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A história do ParaPan

Pela primeira vez na história o Parapan de 2007 foi realizado após 14 dias dos jogos oficiais Pan-Americanos e no mesmo local. Isso mostra o avanço e a importância desta competição que pouco tempo atrás era considerada insignificante por parte da mídia esportiva.

As primeiras competições de deficientes físicos ocorreram entre os cadeirantes, muitos dos quais haviam participado da II guerra mundial, e agora se adaptavam ao novo estilo de vida. Apenas na segunda metade do século XX o torneio começou a receber também deficientes visuais, auditivos e mentais.

Mas a competição organizada como percebemos esse ano ainda é novidade. O primeiro Parapan oficial com todos os esportes ocorreu no México, em 1999. As modalidades disputadas na Cidade do México se resumiram a Atletismo, Natação, Basquete e Tênis de Mesa.

Esse ano, para a realização do Parapan no Rio de Janeiro, foram investidos cerca de R$60 milhões nas quadras esportivas nos transportes e nas hospedagens além de outras adaptações. E a melhor parte é que este vai ser um presente pra cidade, que poderá desenvolver ainda mais o esportes e a vida digna entre os deficientes.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Inclusão Digital

As novas condições de trabalho mudaram as condições para sermos aceitos nos mais variados tipos de emprego. Com a globalização e todos os avanços tecnológicos, é exigida uma maior capacitação dos trabalhadores. Qualquer diferencial curricular pode ser decisivo na hora da escolha de uma empresa.

A inclusão digital aumenta as chances dos deficientes que buscam uma vaga no mercado de trabalho. Além do nível de qualificação aumentar, os recursos oferecidos pelo computador auxiliam o deficiente a realizar suas atividades de uma forma mais rápida e precisa.

A Associação de Deficientes Visuais e Amigos (Adeva) oferece um curso no qual os alunos têm aulas que vão desde digitação, passando pelo Windows, Word, Excel até a Internet. Os deficientes podem aprender a criar páginas na rede, usando o HTML. Essa aproximação com o computador traz muitas vantagens. Além das facilidades já citadas, a pessoa deficiente que busca um emprego pode mandar currículos de uma forma mais prática e mais eficiente. A Internet abre portas para essas pessoas e funciona como uma ferramenta fundamental não só na busca por um trabalho, mas também no trabalho propriamente dito.


Fonte: Acessa SP

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Balé proporciona autoconfiança para deficientes visuais

“Uma bailarina deve sempre olhar para as estrelas, ainda que não as enxergue”. Lema das bailarinas da Associação de Balé e Artes para Cegos Fernanda Bianchini. Esse projeto é gratuito para todos os deficientes visuais, não importando a idade. Terão cursos de balé clássico, sapateado, dança do ventre, dança de salão, curso de violão e teatro.

Por incrível que pareça é um projeto pioneiro no mundo. Foi desenvolvido pela bailarina e fisioterapeuta Fernanda Coneglian Bianchini, em 1998. O trabalho voluntário para com os deficientes visuais emocionou o Corpo de Balé da Dinamarca a qual é uma das mais antigas companhias de dança, com 249 anos de existência.

O projeto leva tão a serio o que está sendo proposto que essas ‘crianças’ tiveram a oportunidade de apresentarem um espetáculo em um dos mais importantes da cidade e cartão postal da mesma: o Teatro Municipal de São Paulo. Como se já não bastasse a Associação proporciona benefícios sem iguais como a melhora de postura, equilíbrio e auto-estima, além do rompimento de barreiras e preconceitos. O grupo ultrapassou barreiras transformando a impossibilidade em seu contraposto: a possibilidade. A superação de limites emociona e comove não somente aqueles que são capazes de enxergar, mas também os que conseguem sentir. “Elas enxergam com os olhos do coração, e me ensinaram a fazer o mesmo”, diz a professora Fernanda Bianchini.


Site Oficial:Associação de Balé e Artes para Cegos Fernanda Bianchini

Video :
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domingo, 2 de setembro de 2007

DefiCIENTE

A Fundação Dorina Nowill para Cegos foi criada em 1946 pela própria professora Dorina de Gouvêa Nowill, que aos 17 anos perdeu a visão, mas nem por isso deixou de concluir seus estudos. Em uma época em que os recursos de auxilio à portadores de deficiências, seja qual fosse ela, eram limitados, Dorina não deixou que uma patologia ocular parasse sua vida e foi a primeira aluna cega a concluir os estudos em uma escola comum.

Empenhada, criou em 1946 a Fundação para o Livro do Cego que visava inclusão dos deficientes visuais no mercado de trabalho e na educação, além de lutar pela prevenção da perda da visão. Foi premiada, se especializou pela Universidade de Columbia na área de deficiência visual, implantou a primeira imprensa Braille para produzir livros em Braille e foi responsável pela criação na Secretaria de Educação de São Paulo do primeiro Serviço Especial para Educação Integrada de Alunos Cegos na Escola Comum.

Com o apoio Governos Municipal e Estadual e a adesão cada vez maior de voluntários, a fundação passou a fazer produção industrializada de livros em Braille. A atuação de Dorina Nowill impressionava oftalmologistas consagrados, bem como figuras internacionais, dando cada vez mais prestígio ao seu trabalho que crescia e se desenvolvia cada vez mais.

Autora do livro, "... e eu venci assim mesmo", publicado em 1996, a deficiente visual luta para favorecer a inclusão social de crianças, jovens e adultos cegos ou com baixa visão por meio de ações educativas e culturais, para propiciar condições para todos assumirem seus papeis na sociedade como indivíduos independentes, desfrutando de recursos adequados e direitos iguais.

Com 56 anos de vivência, a Fundação já auxiliou mais de 10.000 pessoas com deficiência visual em diversos setores e é um exemplo de cidadania, trabalho voluntário e mais uma prova de que a deficiência não é barreira para alcançar os objetivos, ao contrário, muitas vezes, como no caso de Dorina pode até mesmo servir como estimulo.

sábado, 1 de setembro de 2007

A sociedade também é "deficiente"

A sociedade mantém muitos preconceitos quando se refere às pessoas. Muitas vezes a cor da pele, a religião, a condição social, e a opção sexual, tornam-se fatores para que sejam excluídos da sociedade. Este caso é ainda mais complicado quando nos referimos aos portadores de algum tipo de deficiência, seja por caráter físico, visual, auditivo, mental ou orgânico.

A resposta para a inclusão de deficientes ser eficaz é o emprego, pois ele proporciona uma maior autonomia e um contato com as pessoas. O otimismo é grande. Cegos, surdos ou cadeirantes são capazes de render tanto quanto outros profissionais. A única questão é inseri-los no mercado de forma a eliminar as desvantagens provocadas pela deficiência.


A concorrência acentuada no mercado de trabalho proporciona uma dificuldade aos profissionais, de forma que para garantir o seu lugar precisam estar bem qualificados. Muitas empresas ainda não estão adaptadas às deficiências, por exemplo, os cadeirantes muitas vezes não podem entrar na empresa por não possuírem rampas e elevadores para auxiliá-los na locomoção.


A obrigação do governo e das empresas é adaptarem-se as necessidades especiais destas pessoas, e não o contrário.


Fonte: Catho